Alline Calandrini: beleza e talento no futebol

Alline Calandrini: beleza e talento no futebol

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Escrito por Daniel Quim

Daniel Quim é um renomado especialista em apostas esportivas e escritor, conhecido por suas análises profundas e insights precisos sobre o cenário esportivo brasileiro.

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A zagueira amapaense Alline Calandrini, que atualmente joga em São Paulo, defendendo o time do Santos, voltou a falar de futebol no portal do clube. Na entrevista virtual, a amapaense foi questionada sobre diversos assuntos, como Copa Brasil de Futebol Feminino, Seleção Brasileira, Marta, tocha dos Jogos Pan-Americano, preconceito, vaidade, diversão, como começou a jogar futebol. Enfim, “Calan”, como é chamada carinhosamente pelos amigos e jogadoras santistas, demonstrou confiança em seu talento.

Para a musa, as mulheres que jogam futebol ainda sofrem preconceito. Mas as coisas estão começando a mudar. Calan, inclusive, encoraja as meninas que gostam do esporte a seguirem em frente, já que o futebol feminino está vivendo um ótimo momento.

Durante entrevista concedida ao site do clube, na sessão “Estrela do Mar”, a musa revela também que as meninas que jogam futebol são vaidosas. Acompanhe abaixo a entrevista.

O que a Copa Brasil de Futebol Feminino que começa agora em ou-tubro representará para vocês?
Alline Calandrini: Estamos supercontentes com o Santos e com a seleção brasileira. Espero que possa mudar como as pessoas vêem o futebol feminino. O Santos dá apoio como transporte, alimentação. Mas nunca o futebol feminino é igual ao masculino.

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Como você vê o futebol feminino aqui no Brasil? Assim como no masculino, vocês sonham em jogar no exterior?
Alline Calandrini: Com certeza! O objetivo de todas as jogadoras é prestar serviço à seleção e jogar no exterior. Se ganha mais e há uma maior valorização do profissional.

As atletas são muito vaidosas? Existe algum ritual de beleza antes da entrada em campo?
Nós somos vaidosas dentro e fora de campo. Antes dos jogos, a maioria passa lápis, maquiagem básica nos olhos. Vocês podem perceber que quando caímos durante as partidas, o primeiro gesto que temos é arrumar os cabelos!

Como você lida com essa história de ser musa do time?
Alline Calandrini: Acho que não tem só eu. O Santos tem várias meninas bonitas. É legal, é tranqüilo.

Como você se define?
Alline Calandrini: Sou tranqüila…mas às vezes me estresso, como qualquer um. No entanto, esqueço o que me aborrece rapidamente e tudo se resolve! Tenho meus momentos de seriedade, de diversão…

Onde nasceu? Está namorando?
Em Macapá (Amapá). Estou solteira.

Qual seu Hobby?
Alline Calandrini: Gosto de me divertir, sair com os amigos, ir a academia todas as manhãs. Até mesmo o treino, para mim, é um hobby.

Qual sua comida predileta? Bebida?
Adoro a comida da minha avó, principalmente o arroz e o feijão! Água mineral!

Como foi conduzir a tocha dos jogos Pan- Americanos no Amapá?
Alline Calandrini: Foi muito emocionante, muito contente. Uma experiência inesquecível.

Que mensagem você deixa para as meninas que têm o sonho de jogar futebol?
Alline Calandrini: Eu espero que essas conquistas do Santos FC (Campeonato Paulista, Liga Nacional e Jogos Regionais) e da Seleção Brasileira (medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos e vice-campeã da Copa do Mundo) possam impulsionar o sonho das meninas que gostam de futebol, mas não tinham muito otimismo em relação ao futuro dele. Aproveitem a oportunidade, pois o esporte está crescendo!

Como se tornou jogadora de futebol? Qual sua posição?
Comecei a jogar aos seis anos de idade. Profissionalizei-me há dois anos. Comecei no Juventus e atuo como zagueira.

Como você descobriu que tinha talento pra ser jogadora?
Alline Calandrini: Jogo desde cedo. Sou de Amapá. Comecei brincando com os meninos. Jogava escolinha e me profissionalizei há 2 anos somente. Era um sonho que eu tinha. Aprendi muita coisa nesses dois anos.

Como chegou ao Santos Futebol Clube?
Alline Calandrini: Por intermédio de companheiras da minha equipe anterior (Juventus).

Você tem esperança de ir pra seleção brasileira?
Alline Calandrini: Fui convocada duas vezes para ir para o Pan. Foi uma experiência muito legal. Espero ano que vem no Sub-20.

No futebol feminino acontecem muitas jogadas violentas como a do Coelho em cima do Kerlon na partida entre Atletico/MG e Cruzeiro? Aliás, você acha que foi provocação?
Alline Calandrini: O Kerlon joga assim, mas você que é zagueiro é complicado deixar assim, você está na adrenalina no jogo. Foi agressão, mas não tanta violência. No feminino, tem sim jogadas desse tipo. Foi um erro do Coelho.

As jogadoras ainda sofrem muito preconceito no que se refere ao estereótipo de que toda atleta é masculinizada ou homossexual?
Alline Calandrini: O preconceito ainda é uma realidade no futebol feminino, mas eu acho que a tendência é diminuir, até ser quebrado completamente.

Quando decidiu ser jogadora de futebol você sofreu algum tipo de preconceito?
Alline Calandrini: Eu não sofri preconceito. Sempre tive uma vida paralela ao esporte.

Qual é maior dificuldade que você enfrenta sendo jogadora de futebol? Aqui no Brasil, já é possível se sustentar apenas jogando futebol?
Alline Calandrini: Olha, isso varia muito de cada jogadora. Normalmente os times dão comida, uma ajuda de custo. Não sei se dá para alugar um apartamento, comprar um carro. A média salarial é de 700. Umas ganham 200 outras mil.

Você acompanhou a Copa do Mundo na China? O que acha da Marta?
Alline Calandrini: Sem comentários. A mulher joga muito, ela dá shows. Homens e mulheres ficam babando. Ela é o Ronaldinho da feminina.

De que forma jogaria contra a Marta?
Alline Calandrini: Ela corre demais. Ia fazer de tudo para pará-la.

O que você acha de se julgar ações dentro de campo usando câmeras?
Alline Calandrini: Acho que isso é um privilégio de quem assiste. Dentro do campo é bem diferente. É bom para quem vê o jogo.

Perfil

Alline Calandrini, a Calan (foto), tem 19 anos, 1,71 de altura, 62kg, e é uma das musas da equipe feminina do Santos Futebol Clube. Natural de Macapá (Amapá), conduziu a tocha dos Jogos Pan-americanos pelas ruas da sua cidade.

Seu bom desempenho no Peixe já lhe rendeu convocações para defender a Seleção Brasileira por duas vezes. Em março, foi uma das principais destaques da equipe santista campeã da Liga Nacional e também conquistou os Jogos Regionais. Calan conquistou também recentemente, no Estádio Ulrico Mursa, o título do Campeonato Paulista com a vitória do Santos por 1 a 0 sobre o Jaguariúna.

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